terça-feira, 28 de junho de 2011

Sexo!

Sim! É verdade!
Minha vó odeia sexo!

Para ela, sexo é uma sem vergonhice, e quem gosta do ato merece sofreeeeer para que Deus perdoe esses pecados tão carnais.
Mas longe de ser puritana! Como eu já disse, ela fala palavrões adoidado, é dispirocada e hiperativa!
Só que odeia sexo!

Como eu adoro tópicos, vou fazer um para simplificar:

Motivos pela qual sexo é coisa do capeta para ela:

- Sexo é só putaria! Não há amor em uma relação sexual (oi?), salvo raras e longínquas exceções.
- Sexo só pode ser entre homem e mulher, senão é mega nojento!
-Aliás, sexo é mega nojento de qualquer maneira!
- Sexo oral é completamente repulsivo, já que não há maneiras de um órgão sexual ser limpo.
- Beijo de língua é um ótimo transmissor de bactérias e mal hálito ( eu nem sabia que bafo se transmitia, mas tudo bem...)
- Apenas o homem tem orgasmos. A mulher finge para poder segurar o marido(ooi??).
- Toda pessoa pode engravidar, pois camisinhas estouram, pílulas falham e adesivos anticoncepcionais não servem para nada (é tipo um band-aid de R$ 70,00).
- Toda gravidez é mais culpa da mulher do que do homem.
- Se a mulher engravidou, ela tem que aguentar, sofrer que nem um cão, porque na hora de fechar os olhos, ela fechou e aproveitou!


Vamos lá:

Vamos imaginar uma jovem de 17 anos, na flor da idade, com hormônios em fúria e muito amor para dar...
Agora vamos imaginar que os pais dessa jovem, não importando sua situação financeira, não deram uma educação sexual devida para a filha querida.

Obs: Por educação sexual devida, entenda o contrário de "filha, mamãe encontrou você em um pé de alface, deixado por uma cegonha que foi enviada pelo Papai do Céu."
Eu disse pra vaca daquela cegonha que eu queria ir para uma família  que tivesse vovós normais! 


Voltando para a jovem, imagine que ela arruma um namoradinho que também não teve o conhecimento básico sexual. O relacionamento dos dois é normal, cheio de carinhos e beijocas.
Um belo dia, os jovens namorados resolvem dar um passo na relação.  Já sabe do que eu estou falando, claro.
Só que nem a jovem, nem seu namorado sabem o que deveriam saber sobre sexo seguro. A mãe da jovem nunca ao menos mostrou uma camisinha para a filha, e o pai do jovem namorado sempre achou que era melhor o filho "aprender no mundo"
Pois bem. Nove meses depois, os pais irresponsáveis viram avós irritados.

Agora me diz: A culpa é de quem?

  • Dos pais que não fizeram seu papel?
  • Dos namorados, que não procuraram saber?
  • Do governo, que diz que distribui camisinha, quando na verdade há uma burocracia enorme por trás disso?
(me lembre mais tarde de falar sobre isso!)

Pois é, nessas horas é muito mais fácil meter a culpa nos jovens, que são irresponsáveis, que são imaturos, que são isso, que são aquilo. Mas ninguém se lembra de que, em boa parte dos casos, a culpa é da negligência dos parentes, que não ensinaram o que deveriam quando deveriam.

É por isso que eu fico com raiva quando escuto uma pessoa dizer que fulana engravidou sendo pobre por  burrice, ou por sem-vergonhice, quiçá ignorância.
Aliás, vamos analisar essa palavra?

Segundo o dicionário virtual Dicio.com.br, ignorância é um "Estado de quem ignora; Imperícia, incompetência(...)".

Só que, na minha humilde opnião, um jovem que transa sem camisinha na primeira vez porque ouviu que quando os dois são virgens não tem como engravidar não está ignorando nada. Ele está DESCONHECENDO algo, e não ignorando. Ninguém explicou pra ele o que se deve ou não fazer, e muitas vezes ele não teve desenvolvimento cognitivo suficiente para correr atrás de informações.

Ok, chega de falar disso!
Não vou nem comentar sobre homossexualidade, já criei um post sobre isso.
O próximo tópico,qual é? Ignoro os comentários sobre sexo oral e os machistas, não tem graça nenhum escrever sobre eles.

Vamos falar da camisinha!

Ah, eu m lembro perfeitamente de como o governo enchia a boca pra dizer "Camisinha de graça nos postos de saúde!"
Poizéé. Já tentou pegar camisinha no posto?
Existem postos que são uma beleza, você vai, pede, pega e cai fora. Porém, estes são minoria (pelo menos no Rio de Janeiro).
Vou descrever pra você como é o processo de um posto normal:

  • Você chega, super constrangido, se dirige ao atendimento e pergunta onde ficam as camisinhas. Uma atendente gordona mascando chiclete te olha de cima a baixo com aquela cara de "hunf, até parece que você vai usar seu virgem / sua biscat" e te indica uma enfermeira. 

  • Você vai até a enfermeira, que normalmente é surda e te faz repetir "QUERIA CAMISINHA" umas 15 vezes antes de dizer "Tem consulta marcada?" ou "Tem receita?" (verdade, uma enfermeira já me pediu RECEITA MÉDICA para pegar camisinha!). 

  • Você vai até a bosta da recepção, marca uma consulta com um clínico geral, fica 3 horas na fila até finalmente o clínico te chamar. 

  • Você entra na sala do médico, ele fica escrevendo hieróglifos em um papel sem nem olhar pra você e resmunga um "qual é o seu problema?". Você diz (pela vigésima vez desde que chegou nessa maldita UPA) "queria camisinha" e ele suspira antes de dizer "vou te encaminhar para a Assistente Social para que você assista uma aula de planejamento familiar." 

  • Você sai puuuu da vida e compra uma Jontex na farmácia. 

Agora, espera aí! Eu saio puuu da vida e compro uma jontex na farmácia! Não é todo mundo que faz isso! Há quem fique puuuu da vida e saia por aí transando sem a camisinha.
Camisinha é igual remédio pra diabetes, não dá pro posto ficar regulando, porque o corpo está esperando!

Essa é a realidade quanto às camisinhas "gratuitas" que o governo distribui.

Agora some isso ao fato de sermos um país católico. Já é difícil convencer os jovens a usar camisinha quando eles tem mães ou avós carolas que obedecem ao Papa cegamente. Se você restringir mais ainda a porcaria da camisinha, eles não vão usar!
But I say yes!

Sexo é uma coisa instintiva. Serve para preservação da espécie, sem sexo não há vida. Assim como comer e beber, o sexo é fundamental para que o ser humano...exista! Se vai ou não nascer um bebê não interessa. O ponto é que o corpo sempre vai pedir.

Então não adianta apenas proibir a camisinha achando que o homem vai deixar de fazer sexo. Ele vai continuar fazendo, só que sem proteção. Na hora do fogo, meu bem, 80% das pessoas não pensa no futuro.

Agora, dizer que sexo é só putaria é um absurdo. Não vamos entrar no mérito meloso do fazer amor - toda vez que falo sobre isso, meu discurso fica tão açucarado que se você passar um palito de madeira no computador, sai um algodão-doce rosinha! 
Poxa, mas dizer que não há NUNCA amor em fazer sexo é por demais ignorância- nesse ponto a palavra encaixa perfeitamente. Não dá pra generalizar uma coisa que causa reações tão diferentes nas pessoas. Para mim é de um jeito, para você será de outro, por aí vai. Tudo depende da pessoa, do momento...

Eca, começou a ficar meloso!
Antes que os violinos comecem a tocar, vou encerrar meu post!
(meio abrupto, né?)

Beijos, abraços e morangos com leite condensado
(não que eu goste, mas que tem uma cara boa, tem!)
"Gracinha! Seus pais pelo visto me obedeceram direitinho!"

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Gente gorda


Bom dia!

 Como prometido, o tema de hoje é Anorexia e Bulimia.

Minha avó não gosta de gordura. Ela acha que só a magreza é bonita, e que se a pessoa é gorda, é por que é rica e preguiçosa, pois deveria estar malhando, ou fazendo algo para mudar.
Mas não para aí: Ela também acha que celulite, estria e gordura localizada é horroroso, e que nenhum homem olha para mulheres que tem algum desses itens.
Ou seja, para a minha vó, você tem que ter um corpo mais ou menos assim:
Essa é a Anahi. Ela vai aparecer um pouco nesse post...
Vou abrir meu coração: Esse é um assunto que me irrita. Odeio esse tipo de visão estética preconceituosa e típica de pessoas com cérebro pequeno. Por isso, antes que eu me exalte, vou listar os motivos dela.

Motivos Odiadores:

- Uns quilos a mais na balança significa solteirice eterna. Ou casamento com gente feia.
- Gordura é sinônimo de  riqueza. Para ela, só é gordo quem tem dinheiro para comer bastante.
- Pessoas magras são mais bonitas divertidas, sexys, etc, etc.
- Pessoas magras ficam bem em qualquer roupa.
- Pessoas gordas ficam horríveis usando lingerie.
- Gente gorda só pensa em comida.
- Homem só tem tesão em mulheres magras.
- Toda mulher magra e bonita arranjará um marido maravilhoso, se souber usar seu corpo.

Vamos lá.

Eu sou completamente contra todas essas teorias absurdas. TODAS!
Eu não sou gorda, mas fico horrorosa em milhões de roupas ( duvida? Me coloca dentro de uma calça saroel que eu te provo!), enquanto uma amiga minha que é mega gorda ( e não tem problema nenhum com isso) fica super sexy de espartilho e cinta-liga e já deu pra todo mundo  possui uma vida sexual muito mais ativa do que a minha, a sua e a de pelo menos 37 amigas suas. Sério!

Desafio algum hétero a dizer que essa mulher não é gostosona! De-sa-fio!
Além disso, quilos a mais não são sinônimo de preguiça. Há fatores genéticos envolvidos nesse rolo todo. A minha mãe tem tendência a engordar, pero sem perder la cintura. Ou seja, já sei que, quando chegar aos 50 anos, eu parecerei uma ampulheta, ou um salame amarrado. E me sentirei mega gostosona! =D
Mas o ponto principal é:

Essa ideia louca de que só mulheres magras são bonitas, felizes, amadas e sexies é bem aceita por milhares de meninas que, na ânsia de atingir seus objetivos estéticos ( ser muito magra), acabam acolhendo com carinho a ANNA e a MIA.

Bom, para quem não conhece essas duas amigas da onça de toda menina que só pensa em um IMC 16, eu apresento.

Com vocês, a Anna:

Não, Anna não é uma psicóloga, ou uma rockstar. Anna é o apelido carinhoso que as mocinhas deram para a Anorexia nervosa, uma doença caracterizada pela urgente necessidade de se emagrecer, pela visão distorcida do próprio corpo- a pessoa se vê gorda, mas está magérrima- e, em alguns casos, pela prática abundante de exercícios.
Resumindo, a menina quer tanto emagrecer, que fica paranoica e passa a fazer dietas rígidas que elas chamam de LF e NF. Mais tarde eu explico o que quer dizer.

OBS: Anna serve tanto para o nome da doença, quanto para alcunhar as suas portadoras. Ou seja, uma menina pode criar um blog Pró-Anna, ou apenas utilizar o nome como um apelido próprio. 

Agora, com vocês, a MIA

Assim como a anorexia, a Bulimia também possui um apelido fofinho: Mia.
Bulimia é o nome da doença que pode ser considerada o ponto de partida de muitas meninas e meninos para a anorexia. Os bulímicos tendem a comer ansiosamente, se arrepender e colocar tudo pra fora depois – ou seja, tendem a “miar”, como normalmente as Mias chamam o ato de vomitar.

Aí você pensa: “ Mas se a Mia vomita, o que a Anna faz além de muitos exercícios?”

Simples. A menina (ou o menino, em alguns casos) que tem anorexia segue à risca dois tipos de dietas já citadas anteriormente, a LF e a NF.

LF é a sigla para Low Food, que significa algo como “pouca comida”. São dietas de mais ou menos 400 kcal por dia, regadas de água, saladas e coisas sem gordura. 

O NF é mais drástico. Significa No Food. Lógicamente, é uma dieta de NENHUMA caloria por dia, onde a menina ou o menino vivem a base de água e Trident. 
Pirâmide alimentar de uma Anna. Sério!


Agora vamos pensar o que isso faz no corpo de uma menina de 16 anos, por exemplo.
Se ela for Anna, não preciso nem dizer muito. Não comer = se matar lentamente, só para ter ossinhos do quadril saltados e uma barriga lisa.
Se ela for Mia, vomitar o que come não é prejudicial somente porque há riscos de machucar garganta. Chega um momento em que o corpo acostuma a botar pra fora tudo que ingere. Então ela corre o risco de vomitar na frente de todo mundo um mísero brigadeiro engerido na festa de aniversário do priminho.
(Ah, quem dera se esse fosse o único problema...)

Eu uso um tom de brincadeira em quase tudo que eu falo, mas Anorexia e Bulimia NÃO SÃO AMIGUINHAS, são DOENÇAS.
Não vou julgar nenhuma menina que abraça as doenças, dá apelidinhos carinhosos  e diz coisas absurdas como "Minha barriga não está roncando, está me aplaudindo.", porque provavelmente ela ainda não percebeu que quando seu cabelo perder todo o brilho, quando seus dentes ficarem estragados pelo contato com o bílis, quando sua pele perder o viço, quando seus órgãos não funcionarem mais com perfeição, quando seu médico afirmar que ela não poderá ter filhos, quando seu coraçãozinho instalado dentro de um corpo pseudo-esbelto parar de bater, de nada vai adiantar ser magra.
Se eu fosse homem, não acharia isso nem um pouco sexy.

Não vou levantar a bandeira da auto-estima e dizer frases feitas do tipo " você tem que se amar do jeito que você é,nhé nhé nhé!!"

Eu inclusive acho que se a pessoa quer perder uns quilos para se sentir bem consigo mesma, por que acha que ficará mais bonita, ela tem mais é que se jogar! Faça o que quiser por você mesma, pinte o cabelo, troque o guarda-roupa, faça um mestrado pra se sentir um gênio,faça, mas faça por que você quer, não por que a mídia está te mandando fazer.

Eu acho ridículo se apoiar sobre uma filosofia ridícula que diz que o mundo nos obriga a ser magros com sua ditadura imposta e seus revólveres carregados com balas de preconceito. Dizer isso é o mesmo que achar que não adianta fazer greve ou protestar contra algo porque quem manda é o governo e nós temos que abaixar a cabeça.

Não estou sugerindo algo do tipo "Anarquia corporal! Vamos todos encher a cara de McDonalds, engordar 20 quilos por mês e subir nosso colesterol que nem foguete!". Lógico que não. 

O problema não é querer emagrecer. Não é nenhum crime querer se sentir melhor. Mas fazer disso a meta da sua vida, deixar de comer ou comer e vomitar tudo quando tem tanta gente passando fome nessa porcaria de mundo, chega a ser egoísmo.
Colocar efeitos moderninhos em fotos de meninas esquálidas não muda o fato de que a Anna e a Mia são doenças, e não amigas.

Não preciso nem colocar fotos de crianças esqueléticas africanas. É só você dar uma olhadinha em uma esquina qualquer, com certeza terá uma pessoa muito mais preocupada se terá o que comer amanhã do que quantas calorias tem em uma barra de cereal.

Enfim, eu falei que não ia criticar as Annas e as Mias, e acabei criticando. Mas gostaria apenas de acrescentar que eu estou criticando as meninas que ABRAÇAM as doenças, que procuram ser Annas e Mias, que pedem ajuda para miar e coisa e tal. Essas são as fakes, e é para elas que eu dirijo meu discurso tão inflamadinho.

Ah, eu disse que ia colocar mais fotos daquela moça bonitinha da primeira foto, conhecida como Anahí, ex-RBD e musa-mor das Annas e Mias.
Por que será que a Anahí é musa das Annas e Mias? Chuta!

Além disso, Anahí já teve anorexia, e interpretou uma mocinha "rebelde" e mimada que, além de linda, ryca e comprometida com um mocinho mega bonitão, era super magra. Qual era mesmo o nome dela? Alice? Julia? Roberta? Huuum...não...
Ah, lembrei!  Mia! Mia Colucci.
Mia Colucci
Legal, né? Annahí, Mia Colluci...Que incrível coincidência...

Eu não tenho nada contra a Anahi. Acho ela linda, gosto da voz dela, achei o máximo as palestras anti-anorexia que ela deu por aí. Só para constar, meu problema não é com ela.
Aliás, meu problema não é com ninguém. Nem com minha balança, nem nada. Já cheguei beeem perto de ter anorexia, por isso sei tanto sobre o assunto, mas percebi quem eu estava abraçando e resolvi cair na real. Sou super feliz com meu IMC 21,2 e tenho muita coisa para fazer na vida para perder meu tempo pensando em corpos "perfeitos".
Olha essa moça: é gorda e é mega linda!
Para finalizar (ufa!), deixo uma fotinho aqui em cima de uma modelo de lingerie que, na minha humilde opnião, é super sexy, e um pequeno comentário que ouvi da boca de uma amiga minha que teve bulimia, mas se curou:

"Deixar de comer para atingir um modelo de magreza não leva ninguém a nada. Ficar magra e morta só é válido para quem for comprar meu caixão, que será fininho e não saíra muito caro."

O máximo, né? Eu achei!


Muito obrigada por ler esse post enoooooorme, e espero que as Annas e Mias que possam vir a ler este blog não queiram me bater. 

Beijos, abraços e mocaccinos com adoçante
(Quê? Eu não disse que devíamos descuidar da saúde!)

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Critícas

Olá de novo!

Antes de mais nada, gostaria de pedir desculpas aos vegetarianos e veganos que se sentiram ofendidos de algum modo com meu último post. Quem odeia vegetarianismo não sou eu, vide o nome do blog. Talvez o que eu tenha dito possa ter soado preconceituoso, ou algo do tipo. Não foi minha intenção.

Gostaria de lembrar também que esse blog não é acadêmico, oficial ou super sério. É um blog descontraído, onde irei expor as opniões da minha vó e o motivo pelo qual eu discordo delas. 
Eu me considero despida de preconceitos, e de modo algum vou contra algum tipo de corrente alimentícia, ou de qualquer tipo. Se não pesquisei a fundo sobre o vegetarianismo ou sobre o veganismo, é por que meu blog não é de esclarecimento, e sim de debate.
Irei me esforçar para que o próximo assunto não ofenda ninguém, até por que não é esse o meu objetivo.

(A não ser que algum nazista esteja lendo. Aí que se dane se ficar ofendido, tô nem aíí.)


Bom, este post é mais um alerta / pedido de desculpas / esclarecimento. Entretanto, graças à uma linda coincidência, minha vó ODEIA críticas. Então vou aproveitar o gancho e discutir um pouquinho.

Motivos odiadores:


- Crítica é igual conselho, se fosse bom, se venderia.
- Quem critica nunca sabe fazer melhor.
- Quem critica não sabe como o objeto criticado foi feito, então acha tudo fácil.
- Críticos profissionais são vagabundos.
- Ser crítico de cinema ou de literatura é a maior moleza. É só ler uns livrinhos, ver uns filminhos e dar a sua opnião.

Bom, antes de mais nada, vou lhes apresentar algumas pessoas.

Primeiramente Rubens Ewald Filho.
Formado em Jornalismo, esse cara é crítico de cinema há quarenta anos, já foi comentarista do Oscar vinte e cinco vezes e assistiu mais de trinta mil filmes(!!!)
Ou seja, o cara não é nada, né? Um vagabundinho que não tem nada o que fazer na vida.

Agora vou apresentar (via Chico Xavier Telecomunicações) Afrânio Coutinho.
Esse também não fez nada enquanto vivo. Tremendo Zé NoOne.
Ah, sim, ele criou a Faculdade de Letras da UFRJ. E a Biblioteca de Letras da UFRJ. Estudou crítica e história iterária com mestres europeus e americanos na Universidade de Columbia.E foi cadeira 33 da ABL. E escreveu mais de 28 obras.
"É...eu acho que li mais livros que você..."

Fora isso, quem é Afrânio Coutinho, além de Doutor em Letras Clássicas e Vernáculas?
Um-crí-ti-co-zi-nho-li-te-rá-rio!

Pois é, críticos profissionais são todos uns pé-rapados ignorantes que ficam dando pitacos nos trabalhos alheios sem saber de nada!
[ironia mode off]

Agora vamos pensar em críticas normais, do tipo "seu último post foi muito raso", "Letras é faculdade fácil, queria ver você fazendo Direito" ou "Seu cabelo está muito apagado com essa cor. Você devia pintar de preto, ia combinar com sua pele branquinha":

A partir do momento em que nos tornamos seres sociais ( ou seja, quando saímos de um útero e levamos um tapinha na bunda ), nós estamos sujeitos à críticas, sejam elas inteligentes, cruéis, construtivas ou irrelevantes.
Achar, como minha vó, que críticas são sempre negativas, desestimulantes e até humilhantes, é, ou ter uma auto-estima baixíssima, ou se achar perfeito e maravilhoso, tipo o último chocolícia do pacote.

Claro, há jeitos e jeitos de criticar. Nem todo mundo tem aquele jeitinho delicado de dizer " Seu trabalho está uma m#rd@", ou " Garota, larga a academia, que você está parecendo o Alexandre Frota".
Então cabe a nós mesmos aprender a lidar com isso. Nós seremos criticados e nós iremos criticar durante toda a nossa vida, não há como escapar disso. Ter senso crítico é fundamental para o desenvolvimento humano.

(Uau, essa última frase é a cara da minha vó...Ela adora dizer que tal coisa é fundamental para o desenvolvimento humano.)

Bom, vou finalizar esse post, por que já estou pensando no próximo. Definitivamente vai ser muito melhor do que esses dois últimos, e o tema vai ser Anorexia e Bulimia. É um tema que eu conheço bem, muuuuito bem. Bem até demais. ¬¬
Não deixem de ler!

Beijos, abraços e pacotes de Chocolícia.

A Neta

sábado, 11 de junho de 2011

Vegetais e Legumes

Olá!

Hoje o post não é polêmico ...acho inclusive que nem é interessante se você for pensar diretamente em cenouras e alfaces...oO
Mas darei o meu melhor!

Vou confessar uma coisa, antes de enumerar os motivos odiadores da minha vó:

Eu tenho um petit-sonho: Ser vegetariana!
Noossa, como eu gostaria de olhar para um prato verde, vermelho, roxo, laranja, amarelo, carmim, e sentir minhas papilas gustativas trabalhando!
Imagina só a quantidade de pequenos e indefesos boizinhos, vaquinhas, galinhazinhas e porquinhos que poderiam saltitar por aí sem que a senhorita Clara aqui cogite saciar sua gula com pedaços assados, fritos, gratinados dos seus humildes membros...
Ahh...

Porém, para mim, essas palavras são semelhantes ao discurso de uma Miss-Qualquer-País quando questionada acerca do que o mundo realmente precisa.
Aliás, falando nelas, assistir esses concursos é muito engraçado, né não? Tinha uma época que todas as misses pediam paz mundial! Queria ver uma que tivesse coragem o suficiente para dizer a verdade...
"Mas é lógico que o mundo precisa de Ipads sem impostos!"
Mas voltando ao assunto principal, eu até consigo comer coisinhas verdes, só não consigo deixar de comer carne. Meu corpo apela pro psicológico e eu passo mal, fico tonta, nhé nhé nhé. Frescura de psiquê.
Já a minha vó, ha! Ela odeeeeeeeeia coisas verdes. A única coisa dessa cor que ela come (ou melhor, bebe) é Sprite. E raramente, ela prefere coca-cola!

Motivos odiadores dela:

- Coisas verdes não tem gosto.
- Coisas verdes não dão "sustância".
- Coisas verdes tem sabor amargo (decide, vovó, ou tem gosto ou não tem!).
- Coisas verdes são complicadas de se preparar (por que limpar os azulejos da cozinha depois de fritar uma fatia de picanha é super fácil).
- Soja não tem gosto de nada.
- Soja tem um gosto horrível (de novo a ambiguidade!).
- Legumes com formato fálico são constrangedores de se manusear ( ferrou, nunca mais poderei comer batatas de latinha tipo Pringles, usar escovas de cabelo, comprar garrafinhas de água mineral...Oh, Deus, terei que abandonar meu amado CHOCOLÍCIA? Never, vovó!)

Bom, vamos lá:

O homem já criou muita porcaria. Vide armas de fogo, gordura trans, poluição e CDs da Britney Spears.
Porém, ele criou uma coisa revolucionária chamada MOLHO!
Verdade! É incrível! Você pode utilizar de dois modos:

Modo 1)


Vá até o supermercado.
Escolha alho, azeite, pimenta do reino, orégano, vinagre e vinho (nesse caso, para fazer um molho italiano)
Vá até o caixa.

Pague.
Quando for almoçar, misture tudo, bata no liquidificador, coloque o molho em cima da salada e misture.
Coma.


Modo 2) 


Vá até o supermercado.
Vá até a seção de molhos prontos para salada.
Escolha um.
Vá até o caixa.
Pague.
Quando for almoçar, coloque o molho em cima da salada e misture.
Coma.


Viu, vó! Saladas podem sim ter gosto! E gosto bom!!

Mas vamos pensar sério agora:

Não é toda empresa que mata os bichos com carinho para que nós possamos ter essa suculenta fatia de presunto dentro do nosso pão francês. Há matadouros que se armam de crueldade para poder apagar os animais.
Porém, não tem como fiscalizar todos os açougues do mundo para descobrir se a nossa comida teve ou não uma morte sofrida.Também não dá para organizar uma greve mundial de picanha, ou algo do tipo.
Resumindo, não dá pra fazer QUASE nada!
As pessoas continuarão comendo carne, e como a hipocrisia é a engrenagem principal do coração humano, nós iremos criticar as socialites que usam peles de bebês focas em casacos, enquanto saboreamos um churrasquinho de gato na barraquinha da esquina.

Como você percebeu, apelar pro sentimental não é o suficiente para que todos nós viremos ( odeeeeio o presente do conjuntivo! acho a conjugação mais feia do mundo! Minha vó adora.) vegetarianos. As pessoas fecham os olhos na hora de comer e não conseguem visualizar o sangue que foi derramado.
Mas podemos pensar na questão da saúde.

Desde sempre somos bombardeados com notícias de novas doenças adquiridas pelo consumo de carne. Acho que a mais famosa foi a Vaca Louca, não foi?
Acho que não é de uma vaca assim que eu estava falando, mas tudo bem
Pois é, carne mal-cozida ferra nosso humilde corpinho, existem bactérias loucas que adoram se instalar em fresh meat e desarranjar nossos intestinos e legumes e verduras normalmente tem muito mais vitaminas do que, sei lá, mortadela!
Por outro lado, também há doenças transmissíveis por bichinhos nojentinhos que utilizam verduras mal lavadas de hotel. Fora que há algumas (poucas) vitaminas que são encontradas apenas nas carnes ( quais são mesmo? ).

Ou seja, acho que no fundo, no fundo, o ideal é comer um pouquinho de tudo, desde que bem lavado e/ou bem cozido...
Certo?
Ou não?


Acho que me destraí...o buquê dela parece tão apetitoso!
Nesse caso depende da opnião de cada um.


Eu ainda torço para um dia comer menos carne ( ou não comer mais nenhum cadáver) e mais legumes e verduras. Por enquanto irei pedir perdão a Alah e comer minha salada com chuleta de cada dia.

Beijos, abraços e sopinha de legumes
(adoro! Adivinha quem odeia!)

terça-feira, 7 de junho de 2011

Trabalho fácil

Olá de novo, netos e netas de senhorinhas fofinhas (ou não),

O assunto do post de hoje é Trabalhos "Fáceis".

 - Não estou falando de vida fácil.
 - Não estou falando de "trabalho" de playboyzinho, tipo lavar o carro no fim de semana e ganhar 50 paus.
 - Não estou falando de "trabalho" de playboyzinho que herda uma empresa, coloca nas mãos de alguém contratado e sai por aí gastando o lucro da empresa do pai.

Trabalho fácil, segundo minha avó, é aquele que não te cansa, não te dá... trabalho.
Quer um exemplo? Minha vó te dá oito:
  • Professor
  • Aeromoça
  • Vendedora de Loja
  • Caixa de loja / supermercado
  • Gerente de loja / supermercado / qualquer coisa
  • Administrador de empresas
  • Administrador de qualquer coisa
  • Secretárias
É isso. Segundo ela, esses oito empregos são molezinha, piece of cake.
Eu discordo totalmente. Aliás, se eu concordasse, não estaria nesse blog, certo?
Vamos analisar:

No caso do professor, administrador e profissões que exigem diploma:

Você estuda que nem um corno manso, acaba com seu estômago ingerindo cafeína adoidado, destroi sua vida social, vive apenas para aquele maldito vestibular ( ou, no caso, ENEM).
No dia da prova, quase morre de apreensão, rói todas as unhas até chegar no osso, arranca os cabelos de nervoso, mastiga as pontas dos lápis e das canetas, engorda 23 quilos comendo que nem uma vaca louca (ou, no meu caso, emagrece 23 quilos não comendo nada).
No dia do resultado, seu coração quase para, você dá pinta quando descobre que FINALMENTE foi  aprovado e passa o resto do dia comemorando como se tivesse achado um bilhete premiado ( ou, no meu caso, passa o dia chorando e depois vai dormir até o dia da matrícula).

Aí você entra na faculdade... e passa 4 anos lendo autores que você nunca ouviu falar, e que mal consegue pronunciar ( Vygotsky me deu o maior trabalho para aprender...a escrever!), faz 451 resenhas, 731 resumos, 1375 provas, 200 seminários, assiste 192 palestras chatésimas, briga com pelo menos 5 professores, 10 colegas de turma, se acaba atrás de um estágio que só não pede gotas do seu sangue porque suor vem mais fácil, morre escrevendo um TCC, se prostitui para pagar a maldita festa de formatura e FINALMENTE consegue seu diploma.

Aííí você passa dois anos procurando emprego, acaba com suas roupas formais fazendo entrevistas com aquelas mulheres chatésimas de RHs, modela um sorriso profissional que te dá câimbras, e FINALMENTE consegue um emprego.

Aííííííí você agora vai ter que lidar com pessoas que você não escolheu, que provavelmente não vai gostar, com um chefe que vai te humilhar dia e noite por ser mais velho e/ou mais poderoso ( ou uma chefe que vai te maltratar por ser mais bonita e/ou inteligente e/ou rica e/ou bem-sucedida que você ), com uma rotina que vai te enlouquecer, com uma carga horária injusta perante seu salário, com um café frio sem açúcar e com um estagiário que, ou vai te fazer perguntas toda hora, ou vai ficar elogiando suas pernas.

Uns 40 anos depois, você vai se aposentar e viver o resto da sua vida com uma aposentadoria que é 200 vezes menor do que o valor real do seu esforço e trabalho.


Pois é. Moleza.

Agora vamos pensar nos que não exigem diploma:

Você vai comprar 13 jornais por dia, fazer aquelas bolotas vermelhas em anúncios de empregos que pagam muito bem (arram!), cadastra seu email em sites tipo BrasilVagas e passa o resto dos seus dias recebendo 2000 emails por dia de vagas que vão de caminhoneiro até saladeiro, imprime 420 cópias do seu currículum em gráficas, para ficar mais barato e sai panfletando seu email por aí, espera pacientemente alguém te chamar para uma entrevista. Quando FINALMENTE te chamam, você se veste de ânimo e de roupas formais e vai todo bonitinho esperar em uma fila imensa, para fazer duas provas absurdas ( eu já fiz uma prova que me perguntava se é verdadeiro ou falso que Machado de Assis era arquiteto. Sério.), voltar pra casa, para depois fazer mais 3 entrevistas, para FINALMENTE ser aprovado.
Aíí, depois de uma semana de treinamento exaustivo, sem direito a reclamar de cansaço, você começa a trabalhar. Se a empresa for boazinha, você consegue um uniforme rápido. Se não, você vai ter que comprar aquelas malditas roupas básicas de 4,99, que você nunca mais vai usar, sabe quais? Aquelas blusinhas pretas horríveis, aqueles sapatos vagabetes que dão calo e aquelas calças jeans que, ou te estrangulam, ou te deixam igual um saco de batatas amarrado na boca...Então.
No trabalho, você rala que nem um queijo, atura clientes mal-comidas, preconceituosas, metidas a gostosa, só porque são rycas, atura um superior que fica buzinando no seu ouvido coisas agradáveis como "meta pra bater" ou "caixa pra fechar", descobre que aquele salgadinho inocente que você come de almoço fez seu colesterol subir 15% e suas economias descerem 20%, que o sapato do uniforme dá calos e chulé e que a sua colega de turno anda inventando pra todo mundo que você é uma piranha/ um corno.
Um mês depois, no dia do pagamento, você vai todo-todo receber FINALMENTE seu primeiro salário. Quando recebe seu contra-cheque, nota que há 8% de desconto de INSS, 6% de desconto de vale-transporte, 2% de desconto de sindicato, e 15% de algum desconto absurdo da empresa, tipo vale-papel-higiênico-folha-tripla. Somando esses descontos com o que você paga de lanche, no final sobrou uns 50, 60 reais...
Aíííí, alguns anos depois, quando você vê que vai ser demitida, ou que está na hora de se demitir, você vai todo-todo para a fila do seguro-desemprego, pra descobrir que não tem direito, e que seu FGTS de 2 anos de trabalho tem o equivalente a R$200,00.

Viu só? Super fácil a vida de um trabalhador.

Hard mesmo é o emprego da vizinha: ser dona-de-casa, casada com um figurão podre de rico.
Isso sim é exaustivo...Malhação, cabelereiro, Axé Dance Music Bahia, manicure, levar o filho na escola, trazer o filho da escola, dar ordens à empregada...
Puutz, fiquei exausta só de imaginar uma vida assim!

Encerro aqui meu post, pois tenho que mexer em alguns projetos da faculdade (minha vó acha todos absurdamente fáceis.).

Beijos, abraços e novelas mexicanas
(quê? é divertido de ver! Minha vó odeia.)



sábado, 4 de junho de 2011

Homem com homem, mulher com mulher.

Olá, queridos netos de alguma vó provavelmente menos odiadora que a minha,

Como toda senhorinha atrevida, minha avó adora expor sua opnião acerca de tudo. E um dos assuntos na qual ela ama destribuir sua opnião igual panfletos "trago seu amor em 3 dias" é a homossexualidade.
Como possui vários amigos gays, ela sempre mantém um sorriso no rosto ao defendê-los. Ela adora os amigos coloridos, vai nas paradas Gays, faz piadinhas sexuais envolvendo qualquer objeto de formato fálico (cenouras, pepinos, escovas de cabelo, controles remotos, etc, etc), enfim, ela parece não ter nenhum problema em relação a isso. Só que uma hora, os amigos gays vão embora, aí...:

"- Nossa, imagina se o filho da minha irmã fosse bicha, que vergonha?
 - Coitada da vizinha, flagrou a filha dela agarrando uma outra mulher, acredita? Outra mulher! Coitada dela, a filha é tão bonita...
 - Nossa, odeio essa sua amiga, gruda em você, parece sapatão! Credo, que nojo!"



A tese de doutorado de um dos meus professores da faculdade era sobre violência através do discurso, por isso ele acabou incluindo esse assunto em diversas aulas. Tais inclusões acabaram despertando em mim uma grande curiosidade quanto à homofobia. Para que minha dúvida não gere respostas diversas, vou simplificar nossas vidas com duas breves historinhas:

  •  João tem 32 anos. Maria tem 31. João é gerente de loja de roupas. Maria é dona de casa. João pede Maria em casamento. Maria aceita. Os pais de Maria gostam do casamento, pois João parece ter posses. Todo mundo vai à festa de casamento e deseja felicidades. Os vizinhos cumprimentam o casal sorridentes: "Que belo casal!"

  • Roberto tem 32 anos. Mateus tem 31. Roberto é Doutor em Física. Mateus é formado em Engenharia do Petróleo. Roberto pede Mateus em casamento. Mateus aceita. Os pais de nenhum dos dois gostam do casamento, já que ambos são homens, e isso é sem-vergonhice (por quê?). Os amigos mais íntimos e menos preconceituosos vão à festa. Todo mundo deseja sorte, já que se trata de uma relação complicada (por quê?). Os vizinhos cumprimentam o casal com um sorriso amarelo; assim que viram de costas, comentam : "Que desperdício...Dois homens tão bonitos..."

Agora vamos analisar: Não há impecílios financeiros em nenhum dos casos - aliás, no segundo caso, a vida do casal será muito mais confortável. Os dois casais se amam. Os dois casais contraem matrimônio.
Entretanto, apenas o primeiro casal recebe os cumprimentos sinceros, já que os vizinhos do segundo casal não consideram o relacionamento "normal". 

Por quê não, cacetovsky?


Se há amor, por que não deixar que eles se amem? Por que, em pleno século XXI, ainda existem tantas pessoas que veem relacionamento entre duas pessoas do mesmo sexo como uma coisa nojenta e abjeta?
Já fiz essa pergunta várias vezes, de diversos modos, na esperança de ter um insight e descobrir a resposta.
Infelizmente não a encontrei. Há quem diga que Deus proíbe, há quem diga que o homem nasceu para ficar com a mulher, e isso é biológico, há quem diga várias coisas absurdas (minha humilde opnião se pronuncia).
A minha única resposta à essas perguntas é a criação de uma lista de verdades quanto a homossexualidade:

  1. Para fazer uma criança, é preciso um homem e uma mulher. Fato. Mas para fazer sexo, não. Nem para fazer amor.
  2. Há muitos gays promíscuos. Mas a quantidade de héteros promíscuos, se não for maior, é igual. Promiscuidade não escolhe sexo, nem cor, nem coisa nenhuma.
  3. Sexo anal pode até ser tabu, mas que tem muita mulher por aí que gosta, tem. E isso não as torna menos mulheres. Por que tornaria um homem menos macho?
  4. Dois homens juntos ou duas mulheres juntas não é desperdício. Desperdício é se estivessem sozinhos ou mortos.
  5. Sexo entre homens ou entre mulheres é tão nojento quanto sexo entre um homem e uma mulher: Fluidos corporais, baba, suor, barulhos, coisas entrando, coisas saindo, e tudo o mais...
  6. Se Deus condena o amor entre pessoas do mesmo sexo, então esse Deus não é o mesmo que diz que o amor deve ser praticado, não é? Me diga o versículo da bíblia que condena a homossexualidade. E depois me dê um atestado de autenticidade assinado por Deus Himself!
  7. Pessoas do mesmo sexo podem se amar de verdade, assim como pessoas de sexo oposto podem se odiar de verdade.
  8. Se uma pessoa tem tempo para declarar publicamente seu ódio aos homossexuais, para mim significa que ela não tem o que fazer, e está sofrendo de um stresse profundo.Sugiro que ocupe seu tempo com algo relaxante, tipo jardinagem, acumpuntura, sexo...
  9. O que o seu vizinho gay faz com o noivo dele é tão da nossa conta quanto o tamanho do sutiã da primeira-dama Carla Bruni, ou quantas melecas Cleópatra comeu na infância.
  10. Ninguém (eu, você, sua avó, o padeiro, o presidente da Rússia ou John Lennon) tem autoridade, maturidade, poder, inteligência, moral e qualquer coisa do tipo, para julgar com quem uma pessoa pode ou não se envolver. A não ser que você more no Afeganistão, ou no Líbano. Aí tudo bem.

Bom, é o que eu penso. Sou hétero de carteirinha, estou numa relação maravilhosa com um homem fantástico, não sou adepta de amor livre nem nada. Cada um, cada um.
O que eu não gosto é de pré-conceitos estúpidos, principalmente quando envolvem amor.

(Gente, eu prometi posts bem humorados, não prometi? Perdão...Os próximos serão melhores!)

Minha vó continua odiando muitas coisas, então não tardarei a voltar!

Beijos, abraços e cantigas de roda,

A neta

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Ela odeia, eu discuto

Bem vindos ao Minha Vó Odeia, um blog que não serve para nada (não feche o navegador ainda!), apenas para discutir assuntos polêmicos, não-polêmicos, interessantes, chatos, religiosos, biológicos, famosos, sexuais, financeiros... Enfim, para discutir coisas que minha avó não aprecia.
 Essa vovó gosta de patins...Minha vó odeia.

Antes de mais nada, gostaria de explicar o porquê do nome:

Minha querida vovozinha não é uma avó comum, daquelas com cabelo branco, mão boa para doces, palavras cândidas, etc... Pelo contrário. Ela é loira, boca-suja, despojada, hiperativa, sociável, dança super bem e é divertidíssima! Porém, apesar de diversas qualidades, Dona Lúcia tem uma mente ligeiramente fechada, o que atrapalha muito em sua formação de opiniões: o que ela não entende ou não concorda, ela odeia, na maioria das vezes.

Como sua neta cresceu ouvindo diversas opiniões - muitas vezes equivocadas - sobre quase tudo, a mesma resolveu criar um blog para discuti-las.

Não pretendo escrever posts compridos, complicados, acadêmicos...pelo contrário, quero discutir assuntos interessantes (ou não) de um modo informal.

O primeiro assunto será homossexualidade ( espero que você não odeie minha vó...)

Até logo!

A Neta